Em Heidegger e a tarefa da filosofia, dois dos maiores intérpretes da fenomenologia hermenêutica heideggeriana, Jeff Malpas e Steven Crowell apresentam os elementos centrais de sua leitura transcendental de Heidegger. Com isso, temos a oportunidade de acompanhar as noções de espaço do sentido, a ligação entre mundo e normatividade, o caráter propriamente locativo da filosofia heideggeriana entre outras.
Heidegger e a Tarefa da Filosofia
Título: Heidegger e a tarefa da filosofia
Título Original:
Subtítulo: Escritos sobre ética e fenomenologia
Autores: Jeff Malpas e Steven Crowell
Tradutores: Alexander de Carvalho, Paulo Cesar Gil Ferreira e Paulo Roberto Remião.
ISBN: 9788564565043
Lançamento: 2012
Edição: 1
Número de Páginas: 204pg
Formato: 14x21
Acabamento: Brochura
Peso: 266g
Coleção: Biblioteca do Ocidente
Gênero(s): FIlosofiaExistem muitas possibilidades de aproximação do texto de Heidegger. Existem aproximações apologéticas, inflamadas, crípticas, assim como coerentes, rigorosas e reconstrutivas. O que determina, porém, a qualidade de uma interpretação de um autor hoje clássico como ele é justamente a capacidade que ela tem de funcionar como um caminho de discussão de questões que ou bem não se encontravam diretamente em jogo no horizonte de realização dos seus textos, ou bem se encontravam imersas em um horizonte de sentido que as tornava por demais particulares aos interesses argumentativos do seu autor. Uma interpretação é tanto mais rica, em outras palavras, quanto mais ela for capaz de descobrir novos caminhos de tematização de uma obra, se articulando com a recepção histórica efetiva dessa obra e com as possibilidades novas que sempre emergem daí. Exatamente isso, porém, caracteriza em muito as leituras de Jeff Malpas e Steven Crowell. Devotados a problemas ligados ao campo da ética e da filosofia hermenêutico-fenomenológica, o leitor vai se deparando incessantemente com a oportunidade de, por vezes, seguir uma análise fina de contextos heideggerianos, e, por outras vezes, acompanhar uma consideração de problemas com bases heideggerianas, sem uma direta menção a Heidegger. Com isso, o pensamento oscila aqui entre o trabalho de tematização e de exposição livre, entre o foco temático e a exegese autoral. Essa mistura dá vida aos textos que vamos lendo, sem que em momento algum se prescinda do rigor. O que temos aqui, portanto, é uma oportunidade ímpar de superar a tensão por vezes estéril entre erudição e pensamento, entre o domínio amplo de um autor e a livre dinâmica do pensar.